
Siga-nos nas Redes Sociais

Saga das Almas
FILHO ADOTIVO

Numa noite sem beleza,
De Luar melancolia,
Desprendeu-se uma estrela
Atirada à incerteza
De seu céu, onde vivia
Tão pequena quão carente
Assustada, despencou
De seu Mundo à Terra quente
Qual estrelinha cadente
Em tristeza sem rancor
Numa noite de esperança
A mulher, sentada à porta,
Tece os fios da lembrança
De sua vida sem criança
De seu lar sem berço, e chora
Vê, então, cair-lhe ao lar
A estrelinha, a chorar,
Com o olhar a suplicar
Colo de mãe para amar,
Noutro céu que a queiram dar
E, na esquina do Caminho
Que o Tempo resgatou,
Se escolhem mãe e filho
P’ra seguir mesmo Destino:
Duas almas, mesmo amor
E na casa solitária
Nova luz logo surgiu
Transformou-se em céu a casa
Onde brilham as duas almas
Que o Destino reuniu
Nesta Terra de agonias
Há estrelas - mães de amor
Que dedicam a própria vida
A amparar as estrelinhas
Que a Sorte abandonou.
(Samia Awada)


Licença de uso Pixabay, de compartilhamento e uso de imagens.
Palavras-chave:
(adoção. filho adotivo. amor de mãe)
