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Saga das Almas
ESTRANHO DESTINHO

Sinto n’alma a saudade de um tempo esquecido
De um outro caminho, de um outro lugar
Como não fosse meu esse estranho destino
Esse teimoso rio que me obriga a nadar
Neste chão eu me sinto estrangeira na vida,
A ave tenra sem ninho, o espinho sem flor,
A criança esquecida que chora, perdida,
O caminho de volta que nunca encontrou
Neste exótico chão sigo o rumo de todos
Imitando os outros, aprendo a viver
Cada gesto, costume, me soa tão novo
Como se eu renascesse para tudo aprender
Neste novo em que vivo é tanta a saudade
Que os dias me pesam, me vergam ao chão
Como achar neste fado a felicidade
Se aqui ser feliz é viver na ilusão?
Meu olhar traz a névoa dos sonhos perdidos,
O lamento pelo que eu não consigo alcançar.
Nas migalhas do meu delirar, sobrevivo
Da esperança de um dia encontrar meu lugar
E é tão forte, que eu sinto no fundo da alma
A certeza de ter um lugar p’ra voltar,
Um cantinho de um mundo que eu chame de casa,
Corações junto ao meu, que eu chame de lar
Me esclarece, oh! Deus desse chão de misérias
Onde foi que eu errei, em que estrada esquecida
Desviei do caminho e caí nesta terra
E me ensina a voltar à verdadeira vida
Eu prometo! eu serei aprendiz dedicada
A estudar, refletir, praticar, me doar
Até sentir em mim a lição ensinada
E, mesmo neste chão, descobrir como amar
E se as dores-lições me fizerem sofrer
Chorarei bem baixinho sem nem reclamar,
Serei grata a este chão que me leva a crescer
E aguardarei, serena, a hora de voltar.
(Samia Awada)


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