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Saga das Almas
ENCANTOS DA VIDA

Fomos almas magoadas, já cansadas desta estrada,
Viajoras do caminho, machucadas pela lida,
Reunidas desde muito numa estranha encruzilhada
Para haurir sabedoria junto à fonte abençoada
E aprender a abrir os olhos diferente para a Vida
Como é bom abrir os olhos quando estamos na jornada
E olhar a caminhada com o olhar que lê encantos
Percebendo como é linda cada curva da estrada
Cada lua, cada estrela que antecede a alvorada
Cada canto, cada pedra, cada lírio desses campos
Como é bom olhar mais doce e perceber que já é dia
Que Ontem também foi dia, apesar da escuridão
Percebendo, nas tristezas que cercaram nossas vidas,
As lições do crescimento, os caminhos da alegria
Que hoje abrem nossos olhos, aquecendo o coração
Como é bom abrir os braços e sentir a leve brisa,
E bailar leve com ela no seu ritmo de dança
Mas também vergar à dança da mais forte ventania
Que atravessa nossas vidas, nos curvando à agonia
De onde voltaremos firmes, amparados na esperança
Como é bom olhar pra dentro, percebendo o mar bravio
Que navega em nossas almas e afoga o coração,
E aprender a superar-se a cada apego, a cada vício,
A cada ira, cada medo, cada Onda-desafio
Até o mar tornar-se lago de completa mansidão
Como é bom olhar no olho do que segue ao nosso lado
Mas feriu-nos no passado, afogado na ilusão
Suspender a caminhada e acessar esse passado
Pra ver fundo, lá na alma do parente equivocado,
E acessar ‘aquela’ história segurando a sua mão
E ouvir a sua história, o outro lado da moeda,
Mergulhar naquela história, colocar-se no lugar
E falar-lhe que não julga, que perdoa, não condena
Apagando para sempre velhas mágoas d’outras eras
E, assim, quebrar correntes e voltar a caminhar
Somos almas valiosas, irmanadas nesta estrada,
Viajoras do caminho, pela lida agradecidas,
Reunidas desde muito nesta amada encruzilhada,
Haurindo sabedoria junto à fonte abençoada
E vencendo o desafio de seguir feliz na Vida.
(Samia Awada)


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Palavras-chave:
poesia auto iluminação, auto conhecimento
