
Siga-nos nas Redes Sociais

Saga das Almas
DESDE REMOTAS ERAM EU TE AMO

Desde remotas eras eu te amo,
Quando, ao fio da espada, dominavas,
Altivo, humilhavas, e com teu mando,
Um rastro de terror tu semeavas
Desde remotas eras eu te amo,
Quando colheste a dor disseminada
E com o coração despedaçado
Sentiste-te perdido na jornada
E te entregaste, louco, à tua culpa
E cultivaste fel no coração
Até que os anjos, por querer-te a cura
Te conduziram à nova encarnação
E, por te amar, te recebi ao ventre
Para teu necessário recomeço
Para que semeasses diferente,
Assim te perdoando a ti mesmo
E, por te amar, te embalei ao colo
No amor de mãe, te apresentei Jesus
Buscando, assim, livrar-te do remorso,
Para que suportasses tua cruz
Mas meu amor não foi suficiente
Mas meus conselhos não fizeram eco
E tu te abandonaste novamente
Nas armadilhas do teu homem velho
Por mais te mantivesses em meu abrigo
Não consegui livrar-te dos tormentos
Pois tu, tão jovem ainda, meu querido
Sentiste em ti o peso dos milênios
E te entregaste ao nada, à rebeldia,
E não te esforçaste por lutar
Tão vazia de amor fez-se a tua vida
Que não sentes vontade de ficar
E eu me vejo aqui, desesperada
Ente o meu amor e a tua fuga
Ansiando carregar-te em tua jornada
Mesmo sabendo que a jornada é tua
Que os anjos desçam, então, em teu resgate
Te inspirando a nunca desistir
Que o amor deles por ti seja o milagre
Que só com o meu amor, não consegui.
(Samia Awada)


Licença de uso Pixabay, de compartilhamento e uso de imagens.
Palavras-chave:
CULPA REMORSO, poema sobre reencarnação, poema sobre mãe, poema sobre autoperdão, poesia espírita, poesia sobre dramas familiares, reencarnação, fuga, poesias de samia awada elarrat, poesia sobre autoconhecimento, poesia sobre família, Saga das Almas, Poemas espiritualistas, Desde remotas eras eu te amo
