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Saga das Almas
DEPOIS QUE AS GUERRAS DORMEM

Depois que as guerras dormem e os derrotados tombam
Na hora dolorosa do esvair da vida;
E os vitoriosos, em meio aos escombros,
Voltam, atordoados, ao altar de sua desdita,
A relva verdejante, de rubro mal tingida,
Acolhe ao ventre os corpos, lhes libertando as almas,
Que, em torpor, despertam, assaz arrependidas
E choram em silêncio, reféns de sua desgraça
Até que a alvorada, raiando em novo dia,
Derrama sobre as almas os raios da esperança,
Enquanto a natureza suplica à doce brisa
Que adormeça as dores, suavize as lembranças
E os anjos, atraídos pelo som do silêncio
Destas perdidas almas que calam seus lamentos
Acorrem, amorosas, a dar-lhes novo alento
Em nova primavera, em novo o recomeço
Como se o Universo, movido em compaixão,
Determinasse ao tempo o socorro aos infelizes
Determinasse ao espaço, lhes desse um novo chão
Lhes dessem nova vida, mas com novos matizes
Para que o pranto seque e a culpa arrefeça,
Para que a espada ceda lugar à empatia
Para que as sombras n’alma se esvaiam, sorrateiras
E o amor, finalmente, encontre ali guarida.
(Samia Awada)


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