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Saga das Almas
CLARÃO DA AMAZÔNIA

Moro junto à fonte da Beleza
Com a Natureza a se banhar
Espalhando água sobre a selva
Refrescando a flora que verdeja
Sustentando a fauna a encantar
Moro onde o Sol é majestade
Alvorada que se faz magia
Baila ao céu, reinando dia e tarde
Toca o solo em raios tão suaves
Que, mesmo ao se por, é poesia
Moro onde os rios se agigantam
Com mil cachoeiras a brincar
Grandes rios que ofendem o oceano
Bravos rios, dos quais conheço o encanto
E, que ao desaguarem, adoçam o mar
Moro onde é eterna a Primavera
Com o Verão garboso a lhe guardar
Vigiando montes e fronteiras
Permite a Outono olhar, apenas
E ao Inverno, manda se afastar
Dizem que meu canto do Cruzeiro
É um exagero do Eterno
Que o criou sem pressa e com desvelo
Nele ousando em cor, beleza e cheiro
Após descansar no dia sétimo
Bravas Amazonas surgem em bando
Quando em meio à selva vão caçar
Sob a Castanheira, então, descansam
No “Yaci Uarua”, belas, se banham
Com “Muiraquitã” a lhes blindar
Encantados, Sacis, Curupiras
São minhas histórias de ninar
Matinta Pereira “eu não queria”
A Vitória Régia me é rainha
O Uirapuru é meu cantar
O meu Mundo se ergue no clarão
Da Amazônia que transpira Paz
Abençoada e Verde imensidão
Que retrata o Deus da Criação
E seduz os mais simples mortais.
(Samia Awada)


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Palavras-chave:
(amazônia, natureza)
