Voei até os céus e implorei às estrelas,
À mais brilhante delas que eu pude encontrar
Seus raios de amor, de virtude e nobreza,
As luzes da coragem, ternura e grandeza
Que o meu amor de mãe te ansiava entregar

E retornei feliz ao solo onde estavas
Onde me aguardavas perdido até de si
Envolta em sorrisos, eu logo te abraçava
E, com o meu amor, feliz, eu te entregava
As luzes das estrelas que implorei por ti

E as luzes, ansiando brilhar eternamente,
Buscaram o caminho até teu coração
Como se ali houvesse um céu diferente,
Uma noite sem estrelas aguardando, carente,
Um fulgor que iluminasse a tua escuridão

Mas tu não aceitaste a luz das alturas.
O brilho das virtudes te fez recuar.
Disseste te bastavam a minha ternura,
Os meus sacrifícios, meus dias, minhas lutas,
Mas nada que obrigasse a te transformar

Eu devolvi aos céus as luzes recebidas
Onde chorei, vencida, aos pés da bela estrela
E ela, compreendendo a dor que eu trazia,
Presenteou-me a alma com a Sabedoria
Com as luzes da energia, com os raios da firmeza

E, assim voltei desperta a ti, filho perdido,
E com a luz do equilíbrio entre amor e energia
Eu te guiei, sem mimos, ao digno caminho,
Para que assumisses o teu próprio destino
E aprendesses, nas lutas, as virtudes esquecidas.