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A VERDADEIRA RIQUEZA

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... E eis-me aqui outra vez, ouro maldito
Meu ouro amado, sempre venerado
Me fiz o teu senhor, mas sou-te escravo
Por ti me sinto morto estando vivo

Tu me traíste, sim! Tu me enganaste
Me prometeste o mundo nesta Terra
Dizendo ser a fé só vil quimera
Que não conduz à tal felicidade

E eu te ouvi... e me imortalizei
Passeando pelo mundo, acumulei
Pisando em muitas vidas, as desprezei
Passando pelos dias, nada amei

Até que a Morte, em ricto horrorizado,
Me destruiu os sonhos que eu não tinha
Me expulsou da vida não vivida
E me trouxe até ti, aprisionado

Meu pobre coração, se é que o tenho,
Bate descompassado, apavorado,
Ante a visão do corpo enterrado
Enquanto eu ao teu lado me detenho

Oh, Vida, vem, perdoa as minhas faltas
O ouro decompôs-me em vil mendigo
Tão mísero do Amor nunca sentido
E de alegrias nunca cultivadas

Permite a este pedinte o recomeço
Permite a este doente a redenção
Que nova vida eduque o coração
Em lutas que me ensinem o desapego

Me deixa ser criança novamente
Me faz sentir de novo o amor materno
Ouvir-lhe, ao colo, sobre o Pai eterno
Em lar singelo, sem o ouro que me tente.

Que a fome me alimente a compaixão
E eu sinta em cada olhar um novo irmão
P’ra que eu, enfim, aprenda a lição
De dividir com o outro o meu pão

E, então, retornarei à amiga Morte
Mais vivo! sem as amarras da ilusão
Tão rico de amor no coração
Quanto, ainda em Terra, me fiz pobre.

 

(Samia Awada)

 

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Criado em Agosto de 2020

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