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Saga das Almas
A CICATRIZ DO TEU AMOR

Oh, meu amado Irmão, é novo dia
E ainda trago em mim o Teu olhar
De manso Amor que encontrei na esquina
Da Vida, quando estavas a passar
Eu caminhava rumo à rotina
Tão jovem ainda, eu ia trabalhar
Nos campos da querida Palestina
Em honra da família a sustentar
Tão despretensiosa caminhada
Que eu repetia a cada alvorecer
Tão cômodo seguir mesma jornada
Me era mais fácil que tentar crescer
Chegava eu à esquina conhecida
Tu vinhas, começavas a dobrar
E no segundo eterno de minha vida
Cruzou-se o meu olhar com o Teu olhar
Jorrou, em fogo, de Teus olhos mansos,
Amor, que penetrou o meu olhar
Rasgou-me abaixo e aconchegou-se ao peito
Ardeu-me, como estando a queimar
Passaste e seguiste o Teu rumo
E eu fiquei, sentindo arder em mim
A chama do Amor tão mais profundo
Que me emprestaste em compaixão sem fim
Quisera arder-me eternamente a flama
Distribuindo-a, em jorro, a outro irmão
Mas logo apagou-se, em mim, a brasa
Não consegui retê-la ao coração
Segui Eras afora, Mestre amado
E, saiba, nunca me esqueci de Ti
A cicatriz da chama ainda trago
Me indicando o rumo a seguir
E hoje sinto, Irmão, tanta saudade
Do Teu olhar que em mim se eternizou
Quisera eu ter seguido Tua Verdade
Naquela esquina que me convidou
E ter Te confessado que Te amava
E ter permanecido ao lado Teu
E ter, enfim, trilhado outra jornada
Alimentando a chama que me ardeu
Mas sigo a cicatriz do Teu Amor
E busco a chama do Teu doce olhar
No olhar de cada outro irmão em dor
Na dor que, por Ti, busco amenizar.
(Samia Awada)


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Palavras-chave:
Cristo, Jesus
