google-site-verification=9w5q6GOv0EjYCtL9tKKomdmlXWSLqzj9kcZIz-muMHw
top of page

LIBERTAÇÃO

youtube.jpg

E eis que tu seguias sem deles recordar
Guiado por desejo de só te iluminar
Buscando, incansável, o mundo que sonhaste
Seguindo sempre e sempre, mas sem nunca chegar

Pois asas que criaste não quiseram voar
E a luz que cultivaste, não viste clarear,
Teu rumo esvaneceu-se qual ínfima miragem
E te viste perdido, sem mais continuar

E a Vida te devolve à gruta da desdita
Ao chão que te obriga à tua companhia
Onde te aguardam vícios que outrora camuflaste
Na esquecida gruta de tua alma ferida

De onde te chegam vozes de triste agonia:
Teus vícios, reconheces: tuas esquecidas crias
Sussurram o teu nome com tal intimidade
Que te parecem vozes por ti mal proferidas

Tu anseias nova fuga, o mais distante alento
A asa, a luz, os anjos, o contemplar sereno
Longe de todos eles: os vícios que criastes
Que te clamam: liberta! A luz também queremos!

Te esperavam, fora, a luz que não clareia
Os passos, a jornada, o fim que nunca chega
A asa que não voa, que não te alça aos ares
E, dentro, a escura gruta, sozinha, verdadeira

Deixaste asa ao chão, e entraste gruta a dentro
Na escuridão buscaste a ti em sofrimento
Tua alma encharcada dos vícios que negaste
E te encontraste ao fundo, te suplicando alento

E a luz que não clareia, enfim, te iluminou
Te olhaste na candura de quem te perdoou
Te recolheste ao colo que há muito ansiaste
E voltaste à jornada aonde, enfim, voaste.

 

(Samia Awada)

 

Licença de uso Pixabay, de compartilhamento e uso de imagens. 

licença 2.png

 

Palavras-chave:

poesia sobre espiritualidade. auto conhecimento. libertação

Criado em Agosto de 2020

VISITAS

Direitos autorais  e de propriedade reservados a Samia M. Awada. 

bottom of page