Meu corpo é minha roupagem
Que logo se extinguirá
A Terra, bela miragem
Doce escola-hospedagem,
Mas que também passará

E quanto tudo passar
E quando a ilusão se for
e eu conseguir despertar
desse imenso torpor,
então saberei quem sou:

Sou vida na eternidade
Meu livro, a minha Verdade
Meu sonho, a Realidade
Meu hoje, tudo o que eu quero
Meu fado, a Felicidade

Não sinto o passar dos tempos
Encanto onde eu passar
Sou livre de desalentos,
Perfumo cada momento
e brilho em cada lugar

E nesse eterno expandir,
corcel em eterno voar,
se nova Dor me surgir,
a acolherei, por sentir
que isso também passará.